A partir de uma realidade que marcou uma época, repleta de cartazes e imagens de propaganda ao estilo da era soviética (como boletins, semanários e magazines) veio a inspiração para recriar e reinventar a vida de um grupo de vendedores informais que tenta sobreviver numa cidade que rapidamente se transforma num espelho do seu próprio futuro, apagando tudo o que é percebido ou conotado como velho e ultrapassado.
Dando forma a estas referências, procurámos também preencher uma lacuna visível no mercado editorial da Banda Desenhada em Moçambique, criando personagens únicas que comunicam com os leitores, usando uma linguagem local e trazendo à tona aspectos que compõem o mosaico social moçambicano. A Anima viu nisso uma oportunidade de trazer de volta esta forma lúdica e antiga de entreter e incentivar a leitura junto do público, através da banda desenhada.